Para fazer face às propostas de outras marcas nos segmentos sport touring e touring, a Suzuki lançou no inicio desta década a espartana GSX 1250 FA, "evolução" da bem sucedida Bandit 1250, que conta já com muitos anos no activo.
A designação de "FA" provém de Fairing e ABS, ambos incorporados na
"Bandida" que conta tambem com um muito útil descanso central.
Este modelo foi adquirido por mim em Dezembro de 2011 e com ele fiz
muitos e bons quilómetros. A Bandida já conta com algumas alterações,
que serão discriminadas mais à frente. Tentarei ser, no entanto, o mais
imparcial possivel.
Os primeiros 1000km de vida da Bandida foram feitos com a mota completamente "Stock".
Assim, o som do escape de origem é caracterizado por um assobiar suave mas cada vez mais viciante à medida que se sobe de rotação. A aquisição da ponteira Leo Vinci após os 1000km trouxe à Bandida uma série de vantagens: menos peso, mais barulho (viciante e excelente para alertar os carros da sua presença), afinação electrónica conferindo mais potência e binário, melhorando (significativamente) as suas prestações.
Os BT021 que vêm equipados com a 1250FA são satisfatórios para quem pretende fazer muitos quilómetros em Auto-Estrada. Boa estabilidade e durabilidade. No entanto, penso que a Suzuki procedeu mal na escolha destes pneus. É possivelmente a minha única critica a este modelo. Os BT021 pecam pela fraca aderência em piso seco e molhado (autêntico desastre), a trajectória em curva tende a afastar-se daquilo que é pretendido e é completamente proíbido accionar o travão dianteiro em curva com estes BT021 que fazem a mota simplesmente perder o seu rumo. Não esperei para gastar estes pneus na sua totalidade e decidi investir nuns pneus sport touring, os BT023GT, considerados pelos especialistas como os melhores pneus sport touring na altura da sua saída para o mercado (já existe a evolução dos 023, os T30). Com a mudança de calçado na Bandida, esta ganhou nova dinâmica, novo poder de travagem, uma aptidão feroz para devorar estradas de montanha a ritmo desportivo. A ciclistica saiu beneficiada e face aos 021, parece que a Bandida perdeu 50kg. Os BT023 são caracterizados por um comportamento constante, institivo e natural, conferindo-lhe previsibilidade em cada curva. Transformou a Bandida numa mota completamente nova, segura e muito divertida.
Se experimentaram a GSX1250FA/Bandit 1250 com os pneus BT021 muito possivelmente saíram desiludidos.
Mesmo com os BT021 equipados na "FA", esta mota ganhou vários comparativos aquando da sua saída contra motas mais caras e supostamente melhores, mas a minha sugestão para quem tiver/comprar este modelo é livrar-se dos 021 e adquirir de imediato uns pneus recentes tais como os BT023GT, T30, AngelGT....investimento seguro!
Os primeiros 1000km de vida da Bandida foram feitos com a mota completamente "Stock".
Assim, o som do escape de origem é caracterizado por um assobiar suave mas cada vez mais viciante à medida que se sobe de rotação. A aquisição da ponteira Leo Vinci após os 1000km trouxe à Bandida uma série de vantagens: menos peso, mais barulho (viciante e excelente para alertar os carros da sua presença), afinação electrónica conferindo mais potência e binário, melhorando (significativamente) as suas prestações.
Os BT021 que vêm equipados com a 1250FA são satisfatórios para quem pretende fazer muitos quilómetros em Auto-Estrada. Boa estabilidade e durabilidade. No entanto, penso que a Suzuki procedeu mal na escolha destes pneus. É possivelmente a minha única critica a este modelo. Os BT021 pecam pela fraca aderência em piso seco e molhado (autêntico desastre), a trajectória em curva tende a afastar-se daquilo que é pretendido e é completamente proíbido accionar o travão dianteiro em curva com estes BT021 que fazem a mota simplesmente perder o seu rumo. Não esperei para gastar estes pneus na sua totalidade e decidi investir nuns pneus sport touring, os BT023GT, considerados pelos especialistas como os melhores pneus sport touring na altura da sua saída para o mercado (já existe a evolução dos 023, os T30). Com a mudança de calçado na Bandida, esta ganhou nova dinâmica, novo poder de travagem, uma aptidão feroz para devorar estradas de montanha a ritmo desportivo. A ciclistica saiu beneficiada e face aos 021, parece que a Bandida perdeu 50kg. Os BT023 são caracterizados por um comportamento constante, institivo e natural, conferindo-lhe previsibilidade em cada curva. Transformou a Bandida numa mota completamente nova, segura e muito divertida.
Se experimentaram a GSX1250FA/Bandit 1250 com os pneus BT021 muito possivelmente saíram desiludidos.
Mesmo com os BT021 equipados na "FA", esta mota ganhou vários comparativos aquando da sua saída contra motas mais caras e supostamente melhores, mas a minha sugestão para quem tiver/comprar este modelo é livrar-se dos 021 e adquirir de imediato uns pneus recentes tais como os BT023GT, T30, AngelGT....investimento seguro!
O MOTOR
É impossivel ficar-se indiferente ao motor da 1250. Podemos verificar isso em qualquer review existente na internet.
Este motor foi construído para fazer
face a todas as situações do dia-a-dia. Sozinho, carregado e/ou a dois,
esta 1250 é pau para toda a obra. Funciona incrivelmente bem a baixas
rotações, muito forte a médias rotações e supreende a altas rotações.
Assim é o seu carácter. Chegar aos 250 km/h não é problema e até vai
mais além. O 4L debita no alcatrão um binário "massivo". O seu pico é
atingido logo a 3500 rpm e que se mantém mais ou menos constante até às
7000 rpm. Estamos a falar de 108 Nm (11.0 kgfm / 79.7 ft.lb), "algo" que
as desportivas "só" atingem um pouco antes de chegar ao red-line.
É este binário que confere à Bandida um
caráter de brutidão controlável. Faz ultrapassagens em menos de nada sem
ser preciso realizar reduções, seja sozinho ou acompanhado e com carga.
Não importa como, basta enrolar punho que a FA responde
instantaneamente pelo que até se pode prever um "dançar" do pneu
traseiro, mesmo abaixo das 3500 rpm, tal a sua força de aceleração que
faz com que os seus 250 kg cheguem a ser anedóticos. A partir das 3500
rpm a Bandida começa a querer levantar a roda dianteira do chão, como se
fosse levantar voo.
Como este motor não foi obra do acaso,
circulamos a 4000 rpm a 120 km/h em 6ª mudança com todo o Binário pronto
a ser descarregado para fazer face a qualquer eventualidade.
A 3ª mudança atinge 210 km/h ao regime de corte, capaz de deixar um sorriso na cara de qualquer amante da velocidade.
O 4L apresenta uma potência de 100 cv a
9500 rpm. Apesar disso, as suas prestações surpreendem. Os números
oficiais falam por si e surpreendem quando vemos a FA a equiparar-se ou
mesmo a superar ao nível de aceleração e retomas outras motas com maior
potência na ficha técnica. O tetracilíndrico tem um comportamento
exemplar ao nível de resposta mas consegue também manter uma grande
suavidade de funcionamento. Eis os dados referentes à 1250FA "versão
Stock":
Aceleração 0-100 = 3.4s 0-140 = 5,9s 0-200 = 13,7s
Retomadas:60-100=3,9s 100-140=4,2s 140-180=5,6s
Aceleração 0-100 = 3.4s 0-140 = 5,9s 0-200 = 13,7s
Retomadas:60-100=3,9s 100-140=4,2s 140-180=5,6s
CICLÍSTICA
Os travões são de boa qualidade. A
mordedura inicial não é referêncial mas cumprem muito bem, a solo ou a
dois. O ABS não é intrusivo e é acionado apenas nos casos de extrema
necessidade.
As suspensões conferem bom conforto e
boa leitura do alcatrão. A 250 km/h a 1250 vai a rolar com uma
estabilidade surpreendente, mesmo com 3 malas e pendura.
Nas curvas, a forquilha podia ser um pouco mais firme, mas não desilude mesmo a ritmos desportivos.
Os descanso de pés são elevados q.b. o que faz a delicia de quem adora devorar as estradas "reviradas".
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com um custo de aquisição de 10.000
euros é possível levar para "casa" uma máquina capaz de fazer tudo bem
e sem problemas. Um motor "gigante" e indestrutível, capaz de fazer
muitos milhares de quilômetros sem problemas ao nível de fiabilidade
(a história assim o demonstra).
Na cidade desloca-se como se tratasse de
uma "600" e apresenta consumos de uma "600": varia entre os 5 e os
6L/100km dependendo do ritmo.
Trata-se de uma mota muito capaz e
confortável de fazer viagens. As malas ficam bem instaladas e a
estabilidade é exemplar. Os consumos em viagem variam entre os 4L e os
5L/100km a velocidades legais e um pouco acima das "legais".
Rodando punho para um comportamento
desportivo, a 1250 encontra-se pronta para descarregar todo o seu
binário, curva após curva. Com instalação de escape de rendimento,
afinação electronica e Gipro (entre outras soluções) e a FA consegue
obter resultados de prestações melhores que os divulgados em "versão
stock", levando-a a um outro patamar de diversão. Em "modo" desportivo,
os consumos variam entre 5,5 e os 7,5L/100km.
Com um custo reduzido, vai até onde as
suas concorrentes mais caras vão. Para muitos, muita mota por pouco
preço. Até uma próxima! André Lino, "Born to Ride".
FICHA TÉCNICA
Motor 4 tempos, refrigeração liquida, DOHC, 4 cilindros
Cilindrada 1255 cc
Diâmetro x curso 79 mm x 64 mm
Sistema de arranque Eléctrico
Transmissão 6 velocidades
Potência n.d.
Torque n.d.
Comprimento total 2130 mm
Largura total 790 mm
Altura total 1235 mm
Distância entre eixos 1485 mm
Distância ao solo 135 mm
Altura do banco 805 - 825 mm
Peso a seco 257 kg
Suspensão frente Telescópica hidráulica com mola helicoidal.
Suspensão trás Por alavancas, amortecedor hidráulico com mola helicoidal.
Travões (freios) frente/trás Duplo disco / Disco
Pneus frente 120/70 ZR17 M/C (58W), tubeless
Pneus trás 180/55 ZR17 M/C (73W), tubeless
Depósito de combustível 19 L
Fotos: Blog Moto-Teste e Divulgação
Fonte: Equipe MOTO.com.br
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