Em termos visuais, a Z1000 ficou mais invocada: os faróis ficaram
menores e as linhas gerais estão mais angulosas, seguindo o que havia
sido apresentado pela nova Z800. Trata-se do estilo apelidado pela Kawa
de “Sugomi”, que remete a um predador agachado pronto para o ataque.
Também da Z800 veio o grafismo em “Z’s” no tecido do banco, enquanto os
piscas dianteiros deixaram a carenagem e foram para a posição
tradicional, de acordo com a mudança feita na irmã caçula ER-6N na troca
para a atual geração.
Na mecânica, o motorzão quatro cilindros de 1.043 cc recebeu ajustes que permitiram elevar a potência em 4 cv, chegando a expressivos 142 cv totais. Fora isso, todo o conjunto foi revisto: chassi, pinças de freio dianteiras e garfo de suspensão, agora com pistões maiores. Por fim, o tanque foi ampliado para 17 litros.
No Brasil, as últimas unidades da linha 2012 da Z1000 estão sendo vendidas com desconto (veja preços),
indicando que o novo modelo pode pintar em 2014. A Kawasaki costuma
apresentar suas novidades mundiais por aqui em, no máximo, seis meses.
Fonte: CARPLECE.
A Z1000 é daquelas motos que a cada saída de semáforo aguçam o apetite de piloto e despertam a vontade de dar uma torcida a mais no punho, nem que seja apenas para sentir o empuxo do motor de quatro cilindros em linha, refrigeração líquida, 16 válvulas. São 11,2 mkgf de torque (disponíveis na totalidade aos 7800 rpm) e 138 cv (a 9600 rpm) de potência máxima. Com 218 kg de peso em ordem de marcha, a sensação é de uma largada de GP – com a frente da moto decolando a cada troca de marcha.
ResponderExcluirA relação de câmbio é levemente curta e acentua essa tendência, deixando suas respostas bem mais ariscas e as retomadas, rápidas em qualquer situação. Na pista de testes, levou exíguos 2,1 segundos para retomar, em quinta marcha, dos 80 aos 110 km/h. Na prova de aceleração de 0 a 100 km/h, gastou 3,7 segundos e a velocidade máxima na pista parou nos 240,1 km/h (o motor chegou à rotação de corte). A Z1000 é rápida o bastante para fazer ultrapassagens tranquilas com muita sobra, deixando o outro veículo para trás em frações de segundo. Essa virilidade toda vem acompanhada de um ronco que se eleva como um rugido alto, quase um grito de guerra. Delicioso de ouvir.
NUA E LIGHT A parte ciclística da Z1000 é bem solucionada, e sua maneabilidade é digna de uma 600 cc. A sensação de leveza dessa grande naked é maior do que seu peso sugere. As suspensões totalmente reguláveis – bengalas de 41 mm invertidas e monoamortecedor traseiro com links – copiam bem o asfalto, embora nas curvas com piso ruim façam a moto chacoalhar um pouco. Essa condição não é frequente e pode ser debitada na conta do pavimento acidentado. O desempenho das suspensões pode melhorar com os ajustes (pré-carga de mola, compressão e retorno) que o sistema oferece.
Outra virtude da nova máquina são os freios potentes e muito bem dimensionados. Os dois discos dianteiros de 300 mm mordidos por pinças radiais de quatro pistões facilitam o trabalho e têm uma pegada firme. Até por isso, exigem sensibilidade e experiência para frenagens rápidas ou de pânico, principalmente diante do disco traseiro de 250 mm, que tende a bloquear a roda nas frenagens mais vigorosas.
A nova naked entusiasma a partir do momento em que entra no campo de visão do motociclista – e acaba por seduzi-lo quando acelera. A cada quilômetro rodado, a vontade de seguir pilotando a Kawasaki Z1000 cada vez mais próxima da zona ideal, entre 7000 e 9000 rpm, aumenta e faz sentir a ferocidade, tanto para quem pilota como para quem a vê, uma combinação de admiração com alguma dose de intimidação.