Esse texto visa apenas esclarecer as diferenças entre motos carburadas x aquelas com injeção eletrônica, abordando um pouco sobre a história dessas tecnologias...
Apesar do que o conhecimento comum nos diz, a injeção eletrônica já existe desde os anos 70, especialmente em motos européias, mas de fato nunca conseguiram ser mais eficientes em termos de potência, relativamente aos carburadores, até ao aparecimento dos microprocessadores.
O carburador existe desde que existem os motores de combustão interna, e durante todo este tempo, tem sofrido evoluções tecnológicas significativas, e só agora se pôs em questão o uso dos mesmos nas motos da nova geração. Mas ficam algumas vantagens e desvantagens de ambos os sistemas.
Os carburadores dependem basicamente da quantidade ar que nele entra e se mistura com o combustível que irá detonar na câmara de combustão através do auxílio da faísca gerada pela vela, e no caso da injeção eletrônica de combustível (EFI-electronic fuel injection), este é que determina a quantidade precisa de ar e combustível e calcula e otimiza a melhor mistura face a uma série de fatores (volume e pressão de ar nas câmaras injetoras, posição do acelerador, rotação do motor, velocidade engrenada - enfim, podem ser mais 50 valores, os fornecidos por sensores em toda a moto) e que debita através de um injetor ou de uma válvula eletrônica.
Por outras palavras, a EFI funciona como um carburador, mas com maior precisão e eficácia. E isto só é possível graças aos potentes microprocessadores (conhecidos por ECU - Electronic Control Unit) que processam 5 a 10 milhões de operações por segundo; com os quais funcionam, e que permitem fazer todos estes cálculos (com base nos tais fatores, combinados numa matriz definida pelo fabricante com o nome de Mapa ou Diagrama de injeção).
Mas qual destes sistemas é o melhor?
Ambos os sistemas têm vantagens e desvantagens. As motos equipadas com EFI vencem em várias categorias. Conseguem calcular a mistura correta de acordo com a carga, as condições meteorológicas, altitude, velocidade da moto, etc, e otimizam o consumo e as emissões de gases, resultando numa combustão mais eficiente, econômica.
Há no entanto algumas desvantagens no que toca a alterações à moto. Por exemplo, motos equipadas com EFI não são desenhadas para outro tipo de peças que não as de origem, como o escapamento, ponteira ou outro filtro de ar. Quando isto acontece, o módulo na maioria das vezes deve ser reprogramado para que os benefícios dessas novas peças possam ser colocados em prática.
Nem todo o mecânico/profissional tem à mão o equipamento necessário para fazer o 'remapeamento' do módulo. É necessário um técnico especializado com o equipamento adequado para fazer estas alterações. Só assim se consegue uma afinação que a moto e as peças funcionem em perfeita sintonia e com os melhores rendimentos.
Voltando ao carburador, apesar deste não se modificar para adaptar a melhor mistura em condições adversas (como a diferentes altitudes ou condições meteorológicas), é mais fácil de funcionar com outro tipo de peças que não as de origem. Conseqüentemente, o carburador permite maior liberdade para efetuar alterações à moto na própria garagem de cada um, sem ter de recorrer a técnicos especializados.
Atualmente, a maioria das motos vêm equipadas com injeção eletrônica pelo simples fato de fornecer a mistura precisa de combustível a qualquer altura, e tendo em conta que os fabricantes constroem motos para o mundo inteiro com as mesmas especificações, torna-se mais eficiente construir um modelo com as mesmas especificações para todo o globo, e que se auto-ajustará às condições de cada país, sem que seja necessário recorrer a alterações, pela parte do importador.
Fonte:RockRiders.com.br
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