quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Capacete: saiba sua importância

   
           

  











Capacete é um item fundamental na segurança de quem anda de moto e não é qualquer modelo que serve para garantir sua segurança

Pesquisa inédita da Abraciclo em parceria com o Hospital das Clínicas da USP, noticiada pelo Best Riders, revelou também que a não utilização de vestuário de proteção está relacionado com a maior frequência das fraturas de membros inferiores e superiores. Apenas 17,8% dos acidentados usavam capacete, bota e jaqueta.

Para combater os altos índices de fraturas em acidentes é imprescindível o uso de todos os itens de segurança para pilotar uma motocicleta. O de maior destaque, sem dúvida, é o capacete, que quando utilizado corretamente minimiza os efeitos causados por impacto contra a cabeça do usuário em um acidente. Quem não usa o capacete, além do risco de acidente, comete uma infração gravíssima, com multa de R$ 191,54 e suspensão do direito de dirigir.

Segundo Gianfranco Ugo Milani, gerente de vendas da Taurus Capacetes, o número de acidentes com motociclistas poderá ser combatido com a escolha correta de todos os itens de segurança. “É importante que as pessoas usem apenas produtos desenvolvidos com alta tecnologia, qualidade e que sejam aprovados pelos órgãos competentes e fiscalizadores”, diz o gerente.

Mas para tipo de moto há também um tipo adequado de capacete, que vai oferecer maior proteção e segurança.

Saiba como escolher o melhor capacete:
Scooters e motos de até 100 cm3 de cilindrada – como são veículos utilizados dentro das cidades, com velocidade média baixa, o ideal é usar um capacete aberto dotado de viseira frontal.

Motos a partir de 125 cm3 de cilindrada - são utilizadas em jornadas de trabalho de mais de 8 horas seguidas, com velocidade média maior. Neste caso são indicados os modelos integrais (fechados) e os modulares são os mais utilizados.

Motos acima de 500 cc - para os modelos mais esportivos sempre utilizar capacetes integrais, e para as motos estilo custom a preferência é pelos modelos modulares.

Para a prática do cross e enduro existem capacetes apropriados, utilizados com óculos motociclísticos, ou até mesmo com viseiras, para a condução nas estradas de terra e trilhas. 

Fonte: Best Riders  2013
Por Marilia Porcari

Tipo Motociclísta: coxinha


Tipo de Motociclista: O Coxa

Claro que peço licença também aos senhores leitores para aproveitar esta oportunidade e falar um pouco sobre o meu dia a dia. Também pedi para a mocinha da redação* incluir links para que os interessados motociclistas possam comprar os equipamentos que eu possuo e recomendo.

Claro que nem todo dia é dia de moto, afinal de contas vários aspectos devem ser levados em consideração antes de ligar a minha preciosidade, uma BMW 1600 GTL que comprei na semana passada para poder ir a hípica junto aos meus amigos. Todos temos cavalos no Jockey e os animaizinhos moram na hípica. Não, não ando a cavalo, não. Cavalgar balança mais do que moto da Harley-Davidson (bate três vezes na madeira). Nunca subi em uma, mas dizem que além de vibrar, derruba óleo por tudo… Sem chances…

Mas como dizia, pegamos nossas motos e nos encontramos na esquina de casa, e seguimos mais dois quarteirões em formação até a hípica. Um belo passeio de sábado de manhã. Todos com jaquetas e capacetes da Ruby (compramos na França), Calças Spidiluvas BMWroupas térmicas de baixo da marca alemã para ornar com toda a indumentária. Aliás tenho duas peças de cada um destes adereços para usar caso estejam empoeirados, o que significa “sujos”.

Em caso de passeios realmente longos como ir de São Paulo a Riviera de São Lourenço****, pedimos carro de apoio que leva sempre um médico e suprimentos para a viagem toda de dois dias. O carro de apoio normalmente é pilotado por um piloto profissional e trás dentro do furgão uma 1600 GTL nova. Em caso de algum percalço, como pneu furado, fim de gasolina, é só trocar pela moto “estepe”.

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O coxa mantém sua moto como troféu

Tem o seguinte também, não gosto de corredor, de trânsito. Por isso somente passeio de finais de semanas não chuvosos. Todos os outros dias, ando de quatro rodas. Aliás, deixa eu relatar uma aventura que fiz com meus colegas no mês passado. Todos saímos da Granja Julieta** a bordo das GTLs, munidos de GPS e rádio de última geração entre motos. Impecavelmente vestidos, pegamos a marginal rumo a um lava rápido na Vila Olímpia, afinal nossas motos sujam muito de poeira na garagem do condomínio.

Rapaz, não é que estamos saindo para a Marginal Pinheiros*** e arma uma chuva medonha! Que vontade de voltar e trocar a condução pela Porsche. Claro que paramos no primeiro posto de gasolina, entramos na loja de conveniência e só saímos de lá depois de quatro capuccinos, duas horas depois, quando a rua secou e os bancos das motos também. Finalmente chegamos no tal lava rápido. A fila para lavar as motos era de mais de três horas, olhei para os companheiros de jornada, e consentimos que a vida de motociclista é assim mesmo.

Sentamos, azaramos umas gatas e secamos uma garrafa de Johnny Walker Blue Label. Aproveitei para comprar um par de botas novas, afinal as minhas estavam molhadas, e enquanto cristalizavam a pintura da possante, fumei um charuto com os camaradas. Depois de tudo isso, claro que nem conseguia ficar em pé. Deixamos as motos lá mesmo e voltamos de táxi para casa. Na manhã seguinte mandei o motorista ir ao bar, e trazer a “menina” para casa.

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Também tem muito amor e cuidado com seu “brinquedo”

Depois desta experiência resolvi que deveria comprar um macacão de couro para evitar que eu me molhe, mas dizem que não vai ornar com a moto (GTL), acho que devo comprar uma outra, talvez uma S 1000 RR, ou uma K 1300 S. Assim combina com a beca. O pessoal tem mania de me chamar de coxinha, mais ainda depois que comecei a fazer tatuagem de henna e colocar brincos de pressão antes de “enfrentar” a estrada. Mas deve ser pelo meu gosto de comer este empanadinho de frango que amo tanto. Não entendo muito. Me chamam de Arnaldo “coxinha” Almeida Prado. As vezes de modinha (prefiro este último). Vai entender…

Atenção: o autor da coluna (Roberto Severo) cedeu o espaço para o cidadão escrever, assim como fez para o Sr. Pitbull, e não se responsabiliza por nenhuma declaração emitida! O site Best Riders também não se responsabiliza pelo empréstimo do espaço da coluna por parte do Roberto Severo, muito menos pelas declarações que o indivíduo fez neste espaço !!!
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Notas do texto:
* Srta. Marilia Porcari (Editora Chefe do Best Riders)
** bairro de classe alta de SP
*** avenida de cinco pistas da capital paulista
**** percurso de aproximadamente 110km. por excelentes estradas do Estado de SP
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Selecionamos também um teste também publicado na Scientific American***** para que o prezado  leitor do Origem MC faça e conheça seu verdadeiro nível e vocação para ser coxa:
  1. - Você sai com a moto só no final de semana e só se ela estiver limpa.
  2. - Sua moto tem km baixa e você tem orgulho disso.
  3. - Você não consegue entender porque a bateria da sua moto está sempre sem carga.
  4. - Você acha que uma moto pode ser customizada pela fábrica.
  5. - Você nunca tentou entender como sua moto funciona.
  6. - Você depende do mecânico para as coisas mais simples.
  7. - Você sai fantasiado de Village People.
  8. - Você passa mais tempo falando de moto do que andando de moto.
  9. - Você quer trocar sua HD pela mais nova todo ano.
  10. - Você se refere a sua moto como seu brinquedo.
  11. - Seu passeios são de 100 km e você volta quebrado.
  12. - Sua moto é transportada em uma caçamba.
  13. - Sua moto está sempre impecavelmente limpa.
  14. - Você nunca andou e nem anda na chuva.
  15. - Você recusou um rolê porque estava muito frio ou muito quente.
  16. - Alguém olha sua moto e diz que você deve ter gasto uma fortuna em acessórios.
  17. - Você precisou ler esta lista para saber se você é um.
(***** fonte da lista de perguntas: site dos Old Dogs Cycles)

Aplicamos esta lista de perguntas no Arnaldo “Coxinha” Almeida Prado e ele respondeu sim para todas. Caso você tenha se arriscado neste teste que pode mudar a sua vida e revelar seu mais honesto olhar para as motocicletas e para o que você chama de motociclismo, segue uma rápida tabela de conferência para verificar o seu resultado.

Se você marcou:
0 : Provavelmente leu este texto para se divertir
1 – 2 : Tendências marcantes que denotam uma vocação para ser o quitute em questão
3 – 10 : Você é!
11 – 17 : Você deveria estar no balcão de uma padaria.


Fonte: Best Riders.

BMW S 1000 RR: “Piranha” por Wunderlich


BMW S 1000 RR foi modificada pela Wunderlich, uma empresa alemã especialista em customização, e tornou-se a “Piranha
 
BMW S 1000 RR Piranha BMW S 1000 RR: Piranha por Wunderlich
Foto: Motorrad

BMW S 1000 RR: “Piranha” por Wunderlich

Vamos começar a falar desta máquina pela aparência. A BMW S 1000 RR está toda preta e com detalhes em dourado, como nas rodas, que fazem um belo contraste. O design da moto é elegante, com uma rabeta bem angulosa e um farol bem pequeno e o motor em destaque, como uma boa naked deve ser.
A Wunderlich mudou a posição de pilotagem, tornando-a mais esportiva. A BMW S 1000 RR na versão Piranha conta com guidão largos e uma traseira bem levantada, motor quatro cilindros, amortecedores Öhlins, freios Brembo, entre muitos outros detalhes para deixá-la uma devoradora de velocidade!
Para quem curtiu o estilo Piranha da BMW S 1000 RR, a Wunderlich vende um kit para customizar sua moto, que pode ser comprado pela internet por cerca de US$ 2.699,00.



 Fonte: Best Riders 2013  por Marilia Porcari

Moto mais cara do mundo: conheça!

Moto mais cara do mundo, à primeira vista, não parece ser a moto mais cara do mundo. Parece ser uma relíquia, tem cara de ser antiga. Mas não é.
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Moto mais cara do mundo é feita de ouro
Foto: Divulgação

      Moto mais cara do mundo: conheça!

Seu proprietário, o turco Tarham Telli, mandou construir a moto e o material usado, acreditem, é ouro! Mas para não ficar tão brilhante, ele pediu que ela tivesse um aspecto envelhecido. E assim, com design diferente, nasceu a moto mais cara do mundo, disfarçada de coisa velha.
Para fazer a moto ter este ar antigo, o ouro foi escurecido e, em algumas partes, parece até que a moto está enferrujada. Mas não é só de riqueza e design que é feita a moto mais cara do mundo. Ela também tem uma boa mecânica, com motor V-Twin de 1801 cc e 127 cv de potência.
Ela já está inscrita no livro dos recordes como o veículo de duas rodas mais caro já produzido. O preço? Telli não gosta de revelar, mas o valor gira em algo em torno de 750 mil euros ou mais…
Confira o vídeo que mostra todos os detalhes de arte que ainda compõe o design da moto mais cara do mundo:

Fonte: Best Riders 2013 por Marilia Porcar

Standbike V8: um conceito monstro

Standbike V8: A Standbike, empresa que surpreende na criação de modelos que se destacam por corpulentas e poderosas máquinas, desenvolveu esse super conceito com motor da General Motors.
not monstro Standbike V8: um conceito monstro
Foto Divulgação

Standbike V8: um conceito monstro

Pense em você diante de uma máquina como essa nas pistas. Ou melhor, pense em você pilotando uma fera dessas. Uma moto com peso de 690 kg, 3.210 milímetros de  comprimento, a máquina conta com 4 marchas. Com todo esse peso, a monstruosa moto não pode ser empurrada para trás, portanto, a Standbike V8 se utiliza de marcha .
standbike v8 2 Standbike V8: um conceito monstro
Seu motor possui 8 cilindros, baseado no antigo estilo de motores denominado V8, sendo desenvolvido pela General Motors. Foram 8 anos de trabalho para se construir essa moto de caracterísitcas radicalmente assombrosas. Empresas como Standbike se desafiam a construir o extraordinário, misturando em seu caldeirão mágico doses extravagantes de tecnologia, engenharia e design brutal. A moto possui duas rodas de 16 polegadas com pneus de dimensão 205/45  emparelhados em seu eixo frontaldianteiro. A distância entre os eixos é de 2.615 milímetros. A  configuração da Standbike V8 conta com aparato de alta tecnologia, sendo constituída de complexos sistemas com elementos hidráulicos e eletrônicos, o que se faz necessário a essa musculosa máquina de velocidade.
Mesmo sendo uma moto com tamanhas proporções, a Standbike 8 é, acredite, um conceito pronto para montar.
 






standbike v8 1 Standbike V8: um conceito monstro 

Fonte: Best Riders 

Arac zxs: robusta, agressiva e elegante

rac zxs é uma moto conceito criada pelo design Mako Petrovic que misturou marcas como Jap e Ducati para criar uma modelo robusto, agressivo e elegante.
arac 02 Arac zxs: robusta, agressiva e elegante
Fotos: Divulgação

Arac zxs: robusta, agressiva e elegante

Com a elegância das motos italianas Ducati Street Fighter, o projeto de Mako Petrovic ganhou mais corpo e aparência robusta com as linhas bem definidas e marcadas. Por ser ainda um conceito, não é possível falar sobre potência, mas é possível imaginar que uma fera musculosa como esta deve reagir bem nas estradas.
Para que a Arac zxs tivesse um ar agressivo sem deixar de ser elegante, Mako Petrovic abusou do preto bem misturado com o laranja metalizado.
arac 04 Arac zxs: robusta, agressiva e elegante
Para que o piloto possa tirar maior proveito desta máquina, o design projetou um banco confortável, farol traseiro integrado à carenagem e com uma tecnologia diferenciada no farol dianteiro, com luz direcional extremamente brilhante.
Além disso, a moto tem um sistema de condução segura, ou seja, ela vem equipada com um sensor que calcula a velocidade da moto e a distância entre outros veículos. Enfim, uma moto que une força e inteligência. 


fonte: Best Riders  por Marilia Porcari

Akrapovic Morsus: escorpião perigoso

Akrapovic Morsus é uma moto exclusiva desenvolvida pela marca para apresentar seu novo escapamento. Para mostrar seu trabalho, a empresa entrou em contato com a montadora Dreamachines, da Eslovênia, e propôs construir o modelo.

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Akrapovic Morsus tem motor de 1852 cc e mais de 140 hp
Fotos: Divulgação

Akrapovic Morsus: escorpião perigoso

Em dois meses e meio, menos tempo do que os três meses inicialmente planejados, nasceu a Morsus. Seu design foi inspirado em um escorpião, facilmente identificado pelo guidão e pela perigosa cauda, construída com aço inoxidável e fibras de carbono. Os pneus também chamam a atenção com suas 26 polegadas.

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O design da Akrapovic Morsus foi premiado

Mas não é só de estilo que vive esta moto. Seu motor é tão venenoso quanto um escorpião, com motor de 1825 cc e potência de mais de 140 hp. Além da beleza e da potência, este escorpião em forma de moto sabe fazer barulho, aquele som bom e inconfundível das motos que tem um escape Akrapovic.

Lançada em meados de 2011, o modelo conquistou prêmios pelo seu excelente design e também foi reconhecido como melhor moto customizada. Ela também surpreendeu pelo custo não ter sido tão alto e o curto tempo para desenvolver este modelo único, elegante e perigoso.

Confira vídeo dos detalhes desta moto Akrapovic Morsus:


Fonte: Best Riders   setembro 09, 2013
Por Marilia Porcari

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Teste: Honda XL 700V Transalp

A revista Motociclismo avaliou a aventureira da Honda, uma das últimas autênticas maxitrail do mercado brasileiro
Honda Transalp
Foram 1 000 quilômetros rodados com uma moto, e não foi o tradicional superteste do mês! O destino? A bela Curitiba, capital do Paraná. A motocicleta? Um modelo que anda “sumido”, mas segue à venda nas concessionárias da marca: a veterana Honda XL 700V Transalp.
Ao montar na moto, alguns detalhes como retrovisor, manopla e punhos deixam evidente a idade do projeto. A estética divide opiniões, mas particularmente gostei. Característica comum nas motocicletas da Honda, a Transalp é fácil de pilotar, equilibrada e com um conjunto muito bem resolvido. Os 214 kg em ordem de marcha parecem sumir quando se está em movimento. Para o piloto, a posição é confortável, ereta, e garante condição para enfrentar o uso na cidade e nas estradas, incluindo caminhos irregulares. A posição de pilotagem em pé também é acertada e o piloto se “encaixa” bem na moto.
Na estrada, o pequeno para-brisa deixa a desejar, influindo negativamente no conforto e pede uma substituição rápida por um modelo maior, caso você seja um autêntico mototurista. Os protetores de mão são bons na estrada e na terra, porém, no uso urbano diário, complicam a vida do condutor nos estreitos corredores formados entre os carros, pois aumentam a largura da moto. Para o garupa, o largo assento em dois níveis garante boa posição e conforto de sobra para enfrentar viagens longas, sem cansar. No entanto, a alça que faz parte do bagageiro, item de série, não tem boa ergonomia para um apoio confortável das mãos.
Quem tem a missão de empurrar o modelo é um propulsor bicilíndrico em V, com 52° de inclinação e 680,2 cm³ de cilindrada. Esse ângulo pretende reduzir as vibrações (e funciona!), situação comum em alta velocidade na concorrente Kawasaki Versys 650, por exemplo, com seu potente bicilíndrico. As curvas de torque e potência são bem lineares e não exigem grande técnica de pilotagem do seu condutor. O escalonamento do preciso câmbio de cinco velocidades também visa não fornecer muita potência na primeira marcha, onde desenvolve apenas 10,5 cv, contra 43 cv na segunda. Traduzindo, isso significa que ela não disponibiliza parte do seu bom desempenho na primeira marcha, evitando sustos à iniciantes. Tudo isso a coloca como uma boa opção para quem está subindo das 250/300. Não é a mais potente da categoria, nem a mais “torcuda”, entretanto, fornece mais que o necessário para 99% dos motociclistas não esconderem o sorriso após um passeio com ela. 
Conta com arrefecimento a líquido e funciona com muita precisão. Durante a viagem, o indicador de temperatura manteve-se praticamente travado em 78°C, e na cidade, no anda e para rotineiro, chegava a 98°C. Em resumo, é um motor “racional” em relação às principais concorrentes, porém, mais divertido, esperto e beberrão do que a “irmã” NC 700X, com seu manso e muito econômico motor. Por falar em consumo, nas medições realizadas em variadas situações, ficou entre 16 e 20,5 km/litro, o que faz a autonomia variar entre 280 km e 358 km.
A versão avaliada não tinha freios ABS, mas o sensor de velocidade, instalado na roda traseira, gerou muitas dúvidas em quem viu a moto. “Ela tem ABS só na traseira, não é mesmo?” Essa foi uma pergunta que ouvi ao menos cinco vezes durante o período do teste. O sistema de freios C-ABS é oferecido como opcional, por R$ 2 000 adicionais. Seu funcionamento é equivalente ao usado na família 300 (CB e XRE) e já existem sistemas mais eficientes, disponíveis nas concorrentes. Os freios, com dois discos na dianteira e um na traseira, mesmo sem ABS, tem bom tato e funcionam bem, inclusive em frenagens emergenciais. 
Os pneus Bridgestone, com perfil mais off que a maioria das maxitrail atuais, tem bom grip e permitem boa inclinação nas curvas, o que torna os trechos de serra na estrada pura diversão! Em terrenos de terra batida e cascalho, pilotando em pé, na posição off-road, o conjunto funcionou bem, melhor que o esperado, permitindo alguns abusos, sem perder o controle. O sistema de iluminação é eficiente, sob medida e garante segurança ao pilotar à noite. Ainda falando em segurança, a Transalp conta com chave codificada e imobilizador (sistema H.I.S.S.), o que impede a ativação da moto por violação da ignição.
Conclusão

Mesmo em se tratando de um projeto que já pede atualização estética, a Transalp convence com seu conjunto funcional. Não por acaso, vende mais que Kawasaki Versys 650 e Suzuki V-Strom 650 juntas, segundo dados da Fenabrave do primeiro semestre de 2013. A ampla rede concessionária colabora muito para essa realidade, mas, além disso, ela prova que tem um ótimo custo-benefício (sim, ela poderia custar menos pela idade do projeto) e dependendo das suas preferências – mais terra e menos asfalto – é mais adequada que a moderna NC 700X, que, assim como a maioria das novas maxitrail, privilegia muito mais o uso no asfalto. Essa diferença de comportamento justifica o porquê de ela ainda estar no line up da marca, firme e forte. Se você quer uma motocicleta confiável, se preocupa mais com o prazer ao pilotar do que com a aparência e pretende acelerar também nas estradas de terra (sem exageros), a Transalp pode te surpreender.

Redação Motociclismo / Marcelo de Barros
Imagens Marcelo de Barros

segunda-feira, 28 de outubro de 2013