Paulo Souza
Após algum tempo sem nenhuma novidade, a J Toledo Suzuki do Brasil finalmente se mexeu e lançou no mercado cinco novos modelos de grande porte. A maior novidade foi a GSR 750A, uma naked agressiva em todos os detalhes e com ingredientes de sobra para baixar a bola das concorrentes.
Com esta novidade a Suzuki deixa claro que, terá maior espaço entre as nakeds de média cilindrada, já que a Bandit estava muito ultrapassada em relação às concorrentes. E para os fãs dos modelo Bandit, a partir do momento que andar com a GSR 750A, sem dúvidas você não sentirá falta. Entenda o porquê em mais um teste do Moto.com.br!
Cara nova
Já estava na hora de alguma montadora lançar um modelo naked de média cilindrada capaz de deixar o consumidor em dúvida na hora da compra. A Suzuki cumpriu bem este papel com o design invocado e chamativo da GSR 750A. Em diversos lugares por onde a moto passou todo mundo parava para admirar e perguntar a respeito do modelo.
A GSR 750A é uma motocicleta com estilo e espírito esportivo, mas muito mais confortável de pilotar do que uma superbike com carenagens e guidão baixo. No entanto, sua posição de pilotagem é bastante agressiva, possui pedaleiras recuadas e guidão adiantado, o que exige um pequeno tempo de adaptação para não sobrecarregar os braços.
Para o dia a dia senti um pouco de desconforto, principalmente no trânsito. Apesar de passar entre os carros nos corredores, até com certa facilidade, as trocas constantes de marcha e o aperta e solta da embreagem se tornam um problema para o piloto.
Prática
Acelerar a GSR 750A impressiona. Seu potente motor é bastante suave desde a marcha lenta e sobe de giro num piscar de olhos, é acelerar e sentir toda sua força. Os engenheiros da Suzuki acertaram em cheio ao desenvolver este propulsor de 750 cc capaz de gerar 106 cv a 10.000 rpm e torque de 8,16 kgmf.
Em ambiente fechado esticamos até a pista terminar e não conseguimos engatar a quarta marcha. De primeira ela marca a velocidade no painel de 111 km/h ao cortar o giro, de segunda a velocidade vai até 150 km/h e a terceira atinge impressionantes 182 km/h. Isso faz qualquer um se encantar por ela, apesar de seus 213 kg em ordem de marcha.
O câmbio desta máquina é outro ponto a elogiar, bastante preciso e suave, talvez a instalação de um quick shifter fosse um diferencial contra suas concorrentes, mas apesar de não ser um item incluso no pacote, não há do que reclamar deste conjunto.
Sua ciclística também é muito acertada e passa tanta confiança ao piloto para fazer curvas, que naturalmente você raspa a pedaleira no asfalto. No entanto, como quase todas as nakeds a GSR 750A só permite esta agilidade sem o acompanhamento do garupa, que por sinal, anda um pouco desconfortável no pequeno acento.
Tecnologia
Equipada com sistema de freios ABS (opcional), a GSR 750A possui um ótimo conjunto para frear a moto, além de ser bastante sutil, sem interferir durante a pilotagem. Na dianteira possui dois discos de 310 mm e na traseira um disco simples de 240 mm mordidos por pinças Tokiko.
Ainda falando em tecnologia, o painel que equipa a GSR 750A é simples, porém completo. Possui conta giros analógico e display digital que indica marcha, temperatura do motor, hora, combustível, hodometros e consumo médio. No teste a moto fez a média de 16,4 km/l, uma autonomia de 287 km.
Outro ponto que podemos parabenizar a Suzuki é em seu conjunto de suspensões, muito macio e que dão estabilidade para a potência do seu motor. Mesmo dentro da cidade e em ruas mal pavimentadas os garfos invertidos na frente e monoamortecido na traseira garantiram uma pilotagem prazerosa. A suspensão dianteira conta ainda com regulagens de pré-carga da mola para se adequar ao peso de cada piloto.
Conclusão
Se a Suzuki possuía apenas a Bandit 650 para enfrentar a forte concorrência entre as nakeds de média cilindrada, o que não era páreo olhando o número de vendas. Agora, com a chegada da GSR 750A a história mudou e finalmente entrou mais uma forte concorrente para por lenha na fogueira.
O ponto forte deste modelo além do belo design é sem dúvidas o acerto em seu motor, que trabalha sempre com respostas rápidas até mesmo em baixa rotação. Isso acontece por ele ser equipado com os mesmos mecanismos das superbikes da marca. SDTV (Suzuki Dual Throttle Valve) e SET (Suzuki Exhaust Tuning).
O jornalista utilizou no teste capacete LS2, jaqueta, calça e luvas Race Tech e botas Dainese.
Cotação de Seguro (*)
À vista: R$ 5.318,54
Franquia: R$ 3.500,14
Seguro somente contra Roubo e Furto
A vista R$ 3.937,90
(*) Perfil médio: Homem, 25 a 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho, morador de São Paulo e com residência em região razoável (bairro da zona sul ou zona oeste, por exemplo).
Agradecimento
Cycle Assessoria e Corretora de Seguros
(11) 3159-0733
Ficha Técnica
Motor: Quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, DOHC e refrigeração líquida
Capacidade: 749 cm³
Potência: 106 cv a 10.000 rpm
Torque: 8,16 kgf.m a 9.000 rpm.
Diâmetro e curso: 72,0 mm x 46,0 mm
Taxa de compressão: 12,3:1
Alimentação: Injeção eletrônica
Câmbio: Seis marchas
Transmissão final: por corrente
Quadro: dupla trave superior em aço
Suspensão dianteira: garfo telescópico invertido com ajuste na pré-carga da mola
Suspensão traseira: Balança monoamortecida com links e ajuste na pré-carga da mola
Freio dianteiro: dois discos de 310 mm de diâmetro com pinça dupla com sistema ABS
Freio traseiro: disco de 240 mm de diâmetro com pinça de um pistão e ABS
Pneus: Dianteiro 120/70-17 e traseiro 180/55-17
Dimensões: 2.115 mm de comprimento, 785 mm de largura, 1.060 mm de altura;
815 mm de altura do assento;
1.450 mm de distância entre-eixos.
Peso: 213 kg (em ordem de marcha)
Tanque: 17,5 litros
Cores: Azul, branca e preta
Preço público sugerido: R$ 36.990 (ABS) R$ 34.900 (standard)
Fotos: Paulo Souza/ Aladim Lopes Gonçalves
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