quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

BMW R 1200 RT/LC 2014 "DINÂMICA"

Num domingo pouco solarengo, desloquei-me após prévia marcação á J&M a Pombal onde me esperava o amigo Miguel Fonseca.

Existiam para teste, a novíssima R 1200 GSA, a 800 Adventure, a 1200 GS e a R 1200 RT, nova versão refrigerada a água.

Num ambiente fantástico com vários entusiastas a verem as novas máquinas, depois de um simpático café, chegou a minha vez de testar a RT. Explicações dos comandos, resumo do funcionamento da maquina, GPS ligado com roteamento do teste e vai de estrada.

IC 2 rumo a pombal, rádio ligado, o painel e todos os comandos enchem a vista, a caixa surpreende, suave hiper precisa, um luxo, bem me recordo das primeiras 1100 com os fantásticos “clanks” esta não, dócil sem ruídos estranhos numa máquina com pouco mais de 1000kms, excelente. De ultrapassagem entre ultrapassagem o novo LC faz juz aos seus 125cv, desenvolve muito bem sem sintoma de atritos, uma suavidade muito energética.
 
Passo o nó do antigo IC8 e o GPS manda-me para a A34, primeiras curvas do acesso a essa via e, meu deus, que agilidade o ESA, como sempre a delinear as curvas como se fossem rectas, a maquina insere-se, a maquina ensina, meia dúzia de kms e já existe uma sintonia perfeita. Via de aceleração e vai disto, trânsito nulo, ecrã á altura dos olhos, capacete fechado e ups… 220? Vai com calma, ao menos para ver em que saída o GPS te manda, muito bom, o dia era invernal, com um ar “espesso” com o baixar da velocidade denota-se o atrito á grande área frontal contra o vento, no entanto sem um abanão, sem oscilar, com uma protecção aerodinâmica perfeita.

A sexta é muito longa, ao contrário da GS, nesta máquina está preparada para fazer longas tiradas em Auto-estrada sem que o motor sofra qualquer esforço.

Saio do nó paro na EN 237 para umas fotos e apreciar as formas da maquina, Rumo a Pombal de novo agora numa nacional com bom piso e com belas curvas, o Boxer portou-se como nunca, 3ª,4ª e 5ª a lembrem as curvas como se de uma R se tratasse, Já quando testei a 1150, achei fenomenal a capacidade e confiança com que a maquina curva, como se não houvesse limite, os “boxer” sobressaídos são pura ficção, parece roçar os espelhos, sem um afundar, tudo como se um nível se tratasse, tudo sobre carris, entra, curva sai, com garra sempre com potencia, um novo alento ganhou este boxer.

As reduções de velocidade são “imediatas” a maquina não afunda, a transmissão com embraiagem deslizante faz com que uma travagem mais forte fosse como mandar uma âncora lá para traz, a máquina quer de lado quer direita, não sofre qualquer força de torção, muito bom.
 


De novo no IC2 e já a ver a meta no GPS, lembrou-me de experimentar o quick shift, bem, rendido…, fiquei rendido, como se de uma caixa automática se tratasse, a pequena oscilação do pé para trocar de relação sem embraiagem em segundos, que condução maravilhosa, fiquei fã, para reduzir há que desacelerar, para aumentar basta manter a rotação é de luxo.


Volta dada, não vou relatar a quantidade de informação do painel, rádio, controlos, bancos e punhos aquecidos, o teste interessou-me mais na parte dinâmica da maquina, só um pormenor quando se desliga a chave o vidro baixa, e existe um comando acoplado á chave que tranca e destranca as malas, bem como um útil botão do lado direito, que mesmo com a maquina a trabalhar destranca as malas para uma abertura fácil e momentânea. As malas tem acabamento de luxo, a traseira tem hidráulico e tudo, o cruise control é extremamente fácil de accionar, etc, etc, etc.
 

Com 25 litros de capacidade de combustível, temos aqui máquina para muitos e muitos kms de prazer com excelentes capacidades dinâmicas.
 
Ponto menos consensual, e comentado pelos presentes, a parte de baixo do motor, muito revestido nas primeiras 1100, um pouco menos na antecessora e agora algo estranho pois não tem qualquer carenagem.


Fonte: Moto-Teste por 
Dário Marcelino

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