Existiam para teste, a novíssima R 1200 GSA, a 800 Adventure,
a 1200 GS e a R 1200 RT, nova versão refrigerada a água.
Num ambiente fantástico com vários entusiastas a verem as
novas máquinas, depois de um simpático café, chegou a minha vez de testar a RT.
Explicações dos comandos, resumo do funcionamento da maquina, GPS ligado com
roteamento do teste e vai de estrada.
IC 2 rumo a pombal, rádio ligado, o painel e todos os
comandos enchem a vista, a caixa surpreende, suave hiper precisa, um luxo, bem
me recordo das primeiras 1100 com os fantásticos “clanks” esta não, dócil sem ruídos
estranhos numa máquina com pouco mais de 1000kms, excelente. De ultrapassagem
entre ultrapassagem o novo LC faz juz aos seus 125cv, desenvolve muito bem sem
sintoma de atritos, uma suavidade muito energética.
Passo o nó do antigo IC8 e o GPS manda-me para a A34,
primeiras curvas do acesso a essa via e, meu deus, que agilidade o ESA, como
sempre a delinear as curvas como se fossem rectas, a maquina insere-se, a
maquina ensina, meia dúzia de kms e já existe uma sintonia perfeita. Via de
aceleração e vai disto, trânsito nulo, ecrã á altura dos olhos, capacete
fechado e ups… 220? Vai com calma, ao menos para ver em que saída o GPS te
manda, muito bom, o dia era invernal, com um ar “espesso” com o baixar da
velocidade denota-se o atrito á grande área frontal contra o vento, no entanto
sem um abanão, sem oscilar, com uma protecção aerodinâmica perfeita.
A sexta é muito longa, ao contrário da GS, nesta máquina
está preparada para fazer longas tiradas em Auto-estrada sem que o motor sofra
qualquer esforço.
Saio do nó paro na EN 237 para umas fotos e apreciar as
formas da maquina, Rumo a Pombal de novo agora numa nacional com bom piso e com
belas curvas, o Boxer portou-se como nunca, 3ª,4ª e 5ª a lembrem as curvas como
se de uma R se tratasse, Já quando testei a 1150, achei fenomenal a capacidade
e confiança com que a maquina curva, como se não houvesse limite, os “boxer” sobressaídos
são pura ficção, parece roçar os espelhos, sem um afundar, tudo como se um nível
se tratasse, tudo sobre carris, entra, curva sai, com garra sempre com potencia,
um novo alento ganhou este boxer.
As reduções de velocidade são “imediatas” a maquina não
afunda, a transmissão com embraiagem deslizante faz com que uma travagem mais
forte fosse como mandar uma âncora lá para traz, a máquina quer de lado quer
direita, não sofre qualquer força de torção, muito bom.
De novo no IC2 e já a ver a meta no GPS, lembrou-me de experimentar
o quick shift, bem, rendido…, fiquei rendido, como se de uma caixa automática se
tratasse, a pequena oscilação do pé para trocar de relação sem embraiagem em
segundos, que condução maravilhosa, fiquei fã, para reduzir há que desacelerar,
para aumentar basta manter a rotação é de luxo.
Volta dada, não vou relatar a quantidade de informação do
painel, rádio, controlos, bancos e punhos aquecidos, o teste interessou-me mais
na parte dinâmica da maquina, só um pormenor quando se desliga a chave o vidro
baixa, e existe um comando acoplado á chave que tranca e destranca as malas,
bem como um útil botão do lado direito, que mesmo com a maquina a trabalhar
destranca as malas para uma abertura fácil e momentânea. As malas tem
acabamento de luxo, a traseira tem hidráulico e tudo, o cruise control é extremamente
fácil de accionar, etc, etc, etc.
Com 25 litros de capacidade de combustível, temos aqui máquina
para muitos e muitos kms de prazer com excelentes capacidades dinâmicas.
Ponto menos consensual, e comentado pelos presentes, a parte de baixo do motor, muito revestido nas primeiras 1100, um pouco menos na antecessora e agora algo estranho pois não tem qualquer carenagem.
Fonte: Moto-Teste por
Dário Marcelino
Dário Marcelino