Ampliar o patrulhamento das ruas com policiais em motocicletas é uma das propostas do novo comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Gilberto Tenreiro Jesus da Silva, para aumentar a segurança da população nos próximos meses. O anúncio ocorreu na quinta-feira (22/1), durante a reunião mensal que o comando realiza no quartel, com representantes comunitários e de associações de moradores dos oito bairros patrulhados pelo batalhão de Botafogo e a primeira com a participação do novo comandante. A delegada Andrea Nunes da Costa Menezes também participou do evento, bem como representantes da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o comandante do 2º BPM/Botafogo, cerca de 20 policiais integrarão o pelotão, que será comandado por um oficial especialista em patrulhamento por motocicletas. Novos veículos estão chegando ao quartel e as antigas motos passam por revisão. Os policiais terão escala diferenciada e passarão por treinamentos no Batalhão de Choque da Polícia Militar, que variam de 45 dias a três meses. Para o tenente-coronel Tenreiro, o uso de motos agilizará o deslocamento dos policiais e vai aumentar o número de abordagens de suspeitos.
O subprefeito da Praia Vermelha, Ênio Kaippert, mostrou preocupação com o aumento dos casos de violência nos arredores do campus da UFRJ na Zona Sul carioca, entre eles a morte de Alex Shomaker Bastos. O estudante foi assassinado com quatro tiros após sair de um restaurante próximo com a namorada. Ele aguardava um ônibus em uma parada localizada na frente do campus universitário. Shomaker estudava na Cidade Universitária e se formaria em Biologia duas semanas depois do assassinato.
Ênio Kaippert informou que a universidade se prepara para instalar câmeras de monitoramento nos arredores da Praia Vermelha, mas sugeriu que seja feito um estudo para implantação de uma cabine da Polícia Militar na pequena praça entre a Rua General Severiano e a Avenida Venceslau Brás. "A universidade busca manter o campus aberto nos fins de semana, como caminho seguro para as pessoas, principalmente os frequentadores do Instituto Benjamin Constant. Mas é preciso melhoria no patrulhamento nas imediações", disse.
João Ricardo Peixoto, estudante de Administração de Empresas da UFRJ, cobrou das autoridades providências para evitar novos casos de violência: "Durante a passeata que organizamos no domingo (11/1), alguns comerciantes relataram que não era a primeira vez que crimes semelhantes ocorriam no local". A delegada Andrea Menezes chamou a atenção para o baixo número de notificações de crimes na área, o que prejudica o trabalho de investigação policial. Para ela, maior participação da sociedade ajudaria a formar, analisar e intervir a fim de reduzir a mancha criminal na região. "Causa surpresa saber de relatos de crimes semelhantes. A polícia não trabalha com bola de cristal, mas investiga casos com base em relatos e informações fornecidas pelas vítimas ou testemunhas", destacou.
Embora tenha a ideia de reduzir o tempo de estacionamento de viaturas em um único ponto, de duas horas para 40 minutos, criando um rodízio para dar mais visibilidade à presença policial em outros pontos, o comandante Tenreiro destacou um carro para ficar parado na entrada do campus da Praia Vermelha desde o início da semana. No entanto, é no pelotão de motos que se aposta para reduzir a criminalidade nos bairros de Botafogo, Humaitá, Urca, Catete, Flamengo, Glória, Laranjeiras e Cosme Velho.
Fonte: comunicacao@pu.ufrj.br
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